quarta-feira, setembro 27, 2006

junior boys... so this is goodbye...

recuperando mais alguma matéria em atraso, queria só dizer que o que toca por aqui neste preciso momento, e depois dos sleepy jackson, são os junior boys. se gosto deste disco? fugindo ao sistema de resposta redutor do sim ou não digo antes que tenho aqui à espera o novo disco do ben kweller e ainda não passei uma única música à frente deste this is goodbye. não sei se amanhã a opinião se mantém, ou se tive apenas a feliz ideia de pôr o disco certo a tocar no momento certo.


orelhas de burro:


junior boys - this is goodbye - 2006

sleepy jackson.....

i heard sleepy jackson on the radio and that's the way i like it. nem a frase é minha nem ouvi na rádio... por enquanto. é do ben kweller, tudo sangue australiano, e ouvi ali no leitor de cds, mas não é por isso que me soa melhor ou pior. o álbum chama-se personality (one was a spider, one was a bird), tem uma capa estranha, mas há por aqui melodias que cheguem para viajar no tempo até aos sixties e voltar. não me lembrava dos sleepy jackson assim, mas nao faz mal. acho que era mesmo isto que precisava de ter ouvido hoje ao final da tarde. as ideias desaceleram, o ritmo abranda, por conseguinte o sistema acalma.

orelhas de burro:


sleepy jackson - personality (one was a spider, one was a bird) - 2006

o sistema, o sistema..... e os buracos.....

sinto a crescer desalmadamente em mim um novo ódio de estimação que me está a tirar do sério. parece que todos os fundamentalistas da moral e dos bons costumes saíram da toca para dizer mal dos buraka som sistema. entenda-se que eu nem me considero fã da banda. vi parte do concerto que deram no terrapleno de santos, oiço o ya todos os dias na rádio e fica por aí o conhecimento que tenho deles. acontece que já dei por mim a defender veemente o som conseguido por aquilo a que alguém chamou kuduru progressivo. ora vamos lá ver... é preciso chegarem os buraka som sistema e dizerem umas palavras politicamente incorrectas para levantar toda esta algazarra? anda tudo durante meses, anos quem sabe, sem dar atenção a uma palavra que seja que é cantada numa canção porque já ninguém tem tempo de ouvir música coma atenção, porque afinal também já ninguém ouve rádio como "no antigamente" - dizem eles, os mesmos que defendem que o dever de quem de direito é dar nozes apenas a quem tem dentes e sobretudo a quem as pediu - e de repente (e isto para mim é a melhor parte...) todos juram a pés juntos que ouvem música pelas letras e que são incapazes de gostar ou sequer ouvir uma música cuja letra "não preste". ora bem.... eu não queria estar aqui com associações que pouco ou nada têm aparentemente a ver com o caso, mas a verdade é que a última vez que ouvi isto, ou melhor, a última vez que vi isto escrito foi numa entrevista a um ser que a seguir dizia que a escritora preferida era a margarida rebelo pinto.
o que é afinal isso de ouvir música pelas letras? quando me apetece ler pego num livro, numa revista, num jornal... nao ponho um disco a tocar. quando me apetece ouvir letras pego num booklet de um cd. mas ainda há quem no meio desta malta compre cds? tirando casos mais óbvios em que a letra é transparente o suficiente para se decifrar logo a ela própria, chegam a passar-se dezenas e dezenas de audições até eu resolver ir investigar de que fala o artista em questão. serei mais desinteressada que a maioria? e depois, não estou a ver todos estes súbitos defensores da moral e dos bons costumes e que agora até gostam de música, no carro, com o rádio ligado, a mudar de estação de minuto a minuto porque não lhes agrada o poema do hotel california que os eagles cantam há três vidas, ou que o phil collins ou os wham vão chorando ou bailando nas estações que presumo que estes espécimes de intelecto vorazmente desenvolvido ouvem habitualmente. até porque nao maioria dos casos serão pessoas que não falam tão pouco percebem inglês sem legendas.
e depois chocam-se porque alguém canta "palavrões" em português? só me ocorrem expressões e vocábulos de cariz religioso para proferir neste momento.
eu não defendo o hype, nem sou grande apreciadora destes ritmos, mas perante argumentos como este só me dá vontade de ir já ali criar um clube de fãs para os buraka. ya.

terça-feira, setembro 26, 2006

gin blossoms.....

e depois da resolução/ reunião de ano novo aqui estão eles outra vez, diz que dez anos depois de ter saído aquele que se contava ter sido o último álbum. salte-se o obrigatório greatest hits das contas, claro está. e o dia acaba bem porque uma boa canção será sempre uma boa canção, porque estes refrões sabem a um ansiado regresso a casa, porque o toque tangueta continua lá intacto e é tão bom confirmar isso já sem esperar... e acima de tudo porque jesse valenzuela is a hell of a name. e sem dar por elas... que saudades, outra vez. afinal, estamos de novo na horrível estação da infidável melancolia e do olhar de infinito.


orelhas de burro:



gin blossoms - major lodge victory - 2006

sexta-feira, setembro 22, 2006

.....

há dias em que abdicava de livre vontade da minha nacionalidade. talvez assim não conseguisse perceber o conceito de saudade.

quinta-feira, setembro 21, 2006

morningmood....

e não é que há vida a esta hora?
parecendo difícil, não é mesmo nada fácil...
e realmente uma pessoa habitua-se mesmo a tudo.

sábado, setembro 16, 2006

something for the weekend...

o cansaço sente-se nas pernas.... e ainda assim acordo quase ao mesmo tempo que o sol. volto a adormecer até perceber que a chuva deixou as ameaças para depois. reparo no exagero de horas que passei em sono profundo e sinto-me bem. e depois... dois regressos tão aguardados. shade and honey dos segundos é amor à primeira vista.




bob schneider - the californian - 2006





sparklehorse - Dreamt for Light Years in the Belly of a Mountain - 2006

quinta-feira, setembro 14, 2006

break the silence....

um reconforto interior imenso que me aquece a confiança faz-me voltar a querer escrever para mim. percebo que andava à procura nao sei de quê não sei onde e que estava a fazer tudo errado por mim. faz parte. por agora chega. fico feliz, muito, ao perceber que ainda há quem acredite, que eu ainda acredito, no quê só a mim diz respeito. percebi hoje que tudo isso me devolve a pouco e pouco muito daquilo que pensei que tivesse deixado algures. o cepticismo larguei-o hoje a caminho de casa e espero sinceramente que não nos voltemos a encontrar tão cedo. faz-me mal. a necessidade quase atroz de silêncio absoluto começa a desvanecer-se e volto a absorver música como água fresca. e as novidades atropelam-se.

segunda-feira, setembro 11, 2006

pre-worryin'......

volto a confirmar que não era nada mal pensado deixar de uma vez por todas de sofrer por antecipação. passo três dias preocupada com uma coisa que não tenho maneira de resolver antes do quarto dia chegar. quando finalmente decido pôr mãos à obra para acabar com a espera dilacerante, o problema resolve-se por si só com o atender de um simples telefonema. tudo o que fiz para o ver terminado, assim como a bendita noite mal dormida, de nada serviram. é só.

o tal de bom feeling.....

voltar aos mesmos sítios com pessoas diferentes. retomar velhos hábitos e temperá-los com novos. criar novas rotinas, dar tempo ao tempo para interiorizar novos locais de passagem habitual. cheira tudo a novo, e ao mesmo tempo tenho tantas saudades de como era antes. no entanto, já não me sufocam. pelo menos com tanta frequência. respiro fundo e penso como o tempo continua a ser um bom aliado. fez-me tão bem este fim de semana.

terça-feira, setembro 05, 2006

once and for all........

try to forget this, try to erase this... não que tenha sido nada de inesquecível, não que tenha sido nada de imperdível. no conjunto. porque analisando as partes, vejo que tinha de ser desta. não, não posso dizer que sou fã dos pearl jam, porque deixei de seguir o que andam a fazer há já muitos álbuns atrás. quem quiser, que atire a primeira pedra, mas comecei a achá-los chatos e passei à frente. [era bom que fosse tudo e sempre assim tão fácil...] continuo, no entanto, e continuarei sempre a simpatizar com a banda a nível "pessoal", ou não tivéssemos tido em tempos uma relação muito próxima baseada em posters e revistas. durante momentos esqueço, abstraio-me do som manhoso, rough, sujo, rock n' roll e ritmo x2 com que nos são atirados todos os temas sem só nem piedade e um arrepio faz-me esquecer o calor que se faz sentir dentro da sala. regresso à velhinha valentim de carvalho do fonte nova ao ouvir os primeiros acordes de "jeremy". quinze anos depois oiço "jeremy" ao vivo. um hit óbvio? sim, tal como "even flow", tal como "alive". de arrepiar também. de gritar a plenos pulmões e esquecer que há vida lá fora. para mim que só aos 27 vejo ao vivo uma banda que teve o significado que teve em início de adolescência, falando bem e e depressa, não me interessa ouvir os temas novos. é como digo... já nao me considero fã. já fui. olho hoje com uma nostalgia incrível para as capas do ten e do vs. discos pesados estes, comparados com os que saem actualmente. uma imagem? a bola de espelhos de "wishlist" e o efeito de estrela criado pelas luzes à volta da bola. e um poema magnífico. volto a esquecer o que está lá fora.

segunda-feira, setembro 04, 2006

wordless chorus......

acho que é o dia ideal para dizer que adoro esta capa e este disco e estes senhores. não, não tenho a mania nem me quero armar em enjoadinha ao vir aqui falar dos my morning jacket no dia em que todos os caminhos vão dar ao pearl jam, e o meu não será diferente com certeza. no entanto, acho que merecem o destaque, quanto mais nao seja pela delícia que é a canção "wordless chorus" nestes dias tão irrespiráveis quanto transpiráveis. e por tantas outras... e algo me diz que mais cedo do que imagino vou ter de começar a usar um casaquinho pela manhã.


orelhas de burro:



my morning jacket - z - 2006

domingo, setembro 03, 2006

limited edition........

...e a música à moda antiga, é isto?



combinado, regressamos ao futuro depois.

bob dylan - cold irons bound - modern times - 2006

modern times....

os relatos são cada vez mais frequentes, os números são cada vez mais altos. talvez esteja na hora dos senhores da contas agarrarem nas máquinas de calcular. serei eu a imaginar coisas ou há por aí um grave surto, praga, epidemia, o que quiserem chamar-lhe desde que mostre que é altamente contagioso, de amizades ditas coloridas? não há actualmente quem não esteja envolvido numa destas bonitas amizades, plenamente convicto/a de que não é nada, de que está tudo sob controlo, de que assim ninguém se chateia. e se não está envolvido, com certeza já esteve, ou conhece alguém que está ou esteve, e falo obviamente de um universo muito restrito e neste caso limitado a idades que andarão entre os 25-35 anos. o comentário geral é que apesar de isto sempre ter existido (aliás, como tudo o resto na vida), nunca esteve tão em voga como agora e quer-me parecer que ainda não ficamos por aqui. e tenho eu legitimidade para dizer o que quer que seja? não me parece. de todo. os bloc party chama-lhe modern love, nós por cá mantemos o termo amizade mas damos-lhe cor. tenho para mim que devíamos definir a cor de tamanha amizade e nao dizer apenas "colorida". falar em amigo azul, por exemplo, parece-me bem mais interessante. e mais interessante ainda, se querem que vos diga, era devolver o "cinzentismo" ao velho conceito de amizade, deixar de lado medos e outros impedimentos que tais e embarcar à confiança e sem os dois pés atrás nas idas chamadas relações ditas "estáveis" (?), que começam cada vez mais a ser encaradas como "à moda antiga". estaremos nós assim tão adiantados que precisemos de voltar atrás para alcançar coisas tão simples? andamos todos à procura do mesmo, talvez por isso o que mais fazemos é chocar uns com os outros. e daqui não passamos.