terça-feira, agosto 22, 2006

day one...

concertos? olhando agora para o cartaz reúno ideias soltas, pessoais e mal fundamentadas sobre tudo o que vi. não vi tanto dos white rose movement como gostava. tocaram uma singela meia hora, pelo que alguns também singelos minutos de atraso na entrada do recinto provocaram uma perda irrecuperável. ficam as imagens.

gostei muito dos gomez. ouvi este novo álbum semanas a fio, encontrei ali tanguetas brilhantes, e achei-as ainda mais tanguetas ao vivo. trouxe comigo um bonito momento sha-la-la-la-la debaixo de uma chuva envergonhada e de uns sorrisos rasgados. a banda estava divertida e nós também.

dos madrugada pouco vi... uma obrigatória visita ao barbaças impunha-se e chego à conclusão que é o tipo de banda que ou se vê em recinto fechado ou se ouve em casa no aconchego do sofá.

os broken social scene deram realmente um concerto do caraças. e sim, como se disse por aí teve momentos em que trouxe à memória os arcade fire, por serem muitos em palco e pela panóplia de instrumentos à desgarrada. teve momentos de arrepiar, monumentais mesmo, mas o impacto não foi nem de longe nem de perto o causado pelos arcade fire. eu nem teceria a comparação.

o morrissey foi mal vestido. ninguém usa aquelas calças. de resto, que se lixe o mau feitio. eu adoro um bom mau feitio. adoro o sentido de humor irónico, caústico, inteligente, as bocas da reacção, trouxe comigo o "if you don't like me don't look at me" que antecedeu o "irish blood english heart". chovia a bem chover e ele a mandar recados para casa: "se estão a ouvir isto em casa estão cheios de sorte". e quem disse que eu quero saber da chuva? os sacos do lixo fazem milagres. morrissey à chuva é qualquer coisa. deixou a música a meio? nao me parece que isso faça dele o lobo mau. gosto dele, pronto, sou parcial porque posso.

os fischerspooner deram o espectáculo da noite. tenho impressão que não fosse todo o aparato cénico da coisa não tinha visto nada do concerto. o frio e a chuva às duas da manhã tornam-se em tortura. os fatos, as luzes, as bailarinas, o ritmo, a dinâmica de tudo aquilo tornam-se hipnotizantes. já não estamos habituados a espectáculos com esta produção. só quando se fala de grandes bandas. não conseguimos tirar os olhos do palco e só queremos saber o que vem a seguir.

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