quinta-feira, outubro 25, 2012

Combate à ansiedade: dia 1

a bobina é o que se pode chamar uma ótima paciente. e confirma a teoria da profª ilda rosa de que é uma cadela que faz tudo para agradar a dona. o rescaldo do primeiro dia da nova vida da bobina foi um sucesso. a pequenita revelou-se uma verdadeira paz de alma no que respeita à adaptação às novas rotinas do mimo. e passo a enumerar:

- quando fechei a porta da casa de banho de manhã, pela primeira vez, a bobina tentou abri-la com o focinho, empurrou duas vezes. não conseguindo, voltou para o banquinho dela e deitou-se a dormir a sesta que dorme diariamente enquanto tomo banho. nas vezes seguintes, durante a tarde, ora esperou sentada à porta, ora permaneceu deitada no chão, tal como estava.

- antes da saída para o passeio matinal, sentou-se tal como lhe pedi antes de lhe pôr a trela. não foram precisos mais do que 5 segundos para que correspondesse ao pedido.

- durante o passeio não demonstrou grandes medos em relação aos barulhos e aos carros, por isso não precisei de aplicar a técnica do seguir em frente ignorando os puxões para casa.

- no meu regresso a casa, respirei fundo antes de entrar, para pôr em prática do modo mais assertivo possível aquela que à partida me parece a tarefa mais difícil para mim, não para ela. cumpri o prometido, e entrei sem lhe ligar nenhuma. esperei 5 minutos, cronometrados, até lhe abrir a porta da cozinha. quando abri a porta, ignorei por completo os apelos da bobina para que lhe desse a minha atenção. virei-lhe costas quando me saltou para as pernas, e fingi não ouvir os guinchos nervosos de felicidade que geralmente acompanham os saltos quando e chego a casa. bastou o tempo de lavar a loiça que tinha deixado do dia anterior para que se acalmasse e se deitasse aos meus pés. quando acabei, sequei as mãos e calmamente lhe dei as primeiras festas da tarde. ela permaneceu deitada, já calma.

- durante a tarde, fechei-a na cozinha por três vezes durante 5 minutos, mais uma vez cronometrados. foi o primeiro passo a caminho da 1 hora completa de independência entre cadela e dona no mesmo espaço. a bobina não chorou, não guinchou, não ladrou, nem se atirou contra a porta. foi simplesmente até à porta confirmar se conseguia sair. sem sucesso, sentou-se sossegada no meio da cozinha, de olhos postos na porta (como a porta é tipo bar western é possível observar, de mansinho, claro). amanhã, conto que já se deite pelo menos no último minuto.

- no passeio da tarde demonstrou medo dos carros. ignorei os puxões e segui caminho, e acabei por conseguir dar uma volta maior do que qualquer uma que lhe consegui arrancar desde há 15 dias para cá. 

- no passeio da noite, ignorou por completo os carros. só não me aventurou ao passeio de meia hora pelas ameaças constantes da chuva.


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