quinta-feira, novembro 10, 2011

nem o mourinho nem o rock in rio


são sete da manhã, é de noite ainda e as únicas pessoas que se veem na rua estão aglomeradas nas paragens de autocarro, abrigadas da chuva. aí ou dentro das vistosas pastelarias de benfica. como habitualmente, passo com a bobina em frente ao milennium. não sei o que há para ali, mas a bobina gosta de cheirar todos os cantinhos do banco, ali quase em frente à igreja. ontem, numa análise mais pormenorizada do edifício a bobina descobriu qualquer coisa...

espetou as orelhas, perdeu a pose descontraída de quem cheira todas as pedras da calçada individualmente, e pôs-se em posição de defesa. colada ao chão, chegada para trás, pronta a saltar. e nisto começa a ladrar desalmadamente contra o vidro, cortando o silêncio que se vive na rua às sete da manhã. quando vou ver o que se passa, apercebo-me que a pequena bobina ladrava sem parar a uma figura de cartão em tamanho real de nada mais nada menos que josé mourinhoa promover uma conta que dá direito a bilhetes para o rock in rio. só se calou quando lhe garanti que nós não temos de ir ao festival. o senhor mourinho se quiser vai com a família, mas lá em casa não somos obrigados. bobina respira de alívio.

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