quarta-feira, janeiro 12, 2011

o roofy...

acordo cedíssimo com tudo dormido. e quando acrescento o -íssimo é porque falo de quatro e meia da manhã. aguento-me mais um bocado às voltas a gritar por súbito ataque de sono que me faça dormir. o tal de joão pestana não me ouve. levanto-me antes das galinhas com o incentivo de chego mais cedo e saio mais cedo, e com sorte durmo uma sesta.

saio de casa com a bobina às sete, noite cerrada, já de banho e pequeno almoço tomados. penso baixinho para não acordar ninguém, que depois do passeio é só convencer a pequenita a ir para a cama dela e siga porta fora. penso isto antes de encontrar o roofy deitado na minha rua, junto aos carros, acordadíssimo, como se estivesse em casa.

mal vê os cabelos loiros e a ancas sexy da bobina não dá hipótese... patapum, patapu, patapum, patapum, estrada fora em direção a nós. antevendo uma crise de histerismo da bobina quando o visse àquela velocidade, soltei-a. quando está solta defende-se. quando está presa guincha com medo. lá se entenderam, que é como quem diz, a bobina deu-lhe para trás do alto dos seus trinta centímetros de altura. o roofy é uma espécie de golden retriever, um cavalinho, portanto.

segue-nos todo o caminho do nosso passeio. vem até ao jardim connosco. enquanto isso vou tentando ligar para o números de telefone que o roofy traz na ao pescoço, presa na coleira. está bem tratado e tem dois número de telefone na chapa, mas nem sinal do dono. ninguém atende. ligo uma, duas, três vezes e ninguém atende. ligo o outro número, e lá me atende uma senhora ensonada... eram pouco mais de sete da manhã.

peço desculpa pela hora. pergunto-lhe se tem um cão chamado roofy, ela confirma e acrescenta que o cão não dormiu esta noite em casa. digo-lhe que está comigo, ela pede-me que o deixe na rua, que ele volta para casa. digo-lhe que não posso fazer nada, que o cão anda atrás de mim e da bobina. volta a insistir, que ele volta para casa. disse-lhe que assim o faria, incrédula com a resposta, mas conformada.

o roofy continuou o passeio com a bobina. correu à vontade no jardim, e voltou connosco para casa. trouxe-nos à porta de casa. entrei para deixar a bobina e ir buscar as coisas para depois ir à minha vida. prometi-me que se o cão ainda estivesse cá fora, quando voltasse a sair, ia levá-lo a casa, nem que tivesse de acordar a família toda por telefone. não foi preciso.

espero do fundo meu coração que ó roofy tenha seguido direitinho para casa e que esteja neste momento a dormir tudo o que não dormiu esta noite, depois de ter bebido uma bela taça de água fresca.

2 comentários:

lia disse...

Que descontracção, a da dona do Roofy... Se bem que o meu primeiro cão também era assim, desaparecia durante uns dias e depois voltava para casa. Ou então ia o meu pai à procura dele, sempre com sucesso : )

mary-john disse...

O Roofy gosta bem da nossa rua. Ontem à tarde lá andava ele outra vez... mandei-o para casa! :)