quinta-feira, junho 10, 2010

swim dog...

num dia em que a chuva marcou um monte de pontos de avanço ao sol até ao início da tarde, a bobina acabou por tirar o melhor proveito dos primeiros raios de sol a furar por entre as nuvens tarde dentro. fomos até ao poiso habitual em redor da praia. areia proibida visto que a época balnear já foi inaugurada e os nadadores-salvadores não perdoam, mesmo que não haja viv'alma no areal e esteja a chuviscar. uma imbecilidade, a meu ver, mas é mesmo só o meu ver, que tenho uma cadela e que sei que não há sítio onde os cães sejam mais felizes do que na praia. ou seja, sou parcial a tempo inteiro.

esquecendo todos estes pormenores legais, a bobina hoje correu o que lhe apeteceu nos relvados em redor da praia. num momento de descanso, nas rochas, eis que a fera avista um grupo de pássaros em amena cavaqueira numa generosa poça de água à beira mar, numa zona feita apenas de rochas, e por isso não considerada praia pelos senhores de amarelo e vermelho, de boné. orelhas espetadas e ali vai ela destemida, numa missão, em alta velocidade pelas rochas fora. chamou a atenção das seis pessoas que ali estavam a ver o mar.

espantou os pássaros, correu atrás deles pelas rochas até mais não ter por onde correr. achou que não valia a pena lançar-se ao mar pelos ditos pássaros e voltou para trás. correu novamente até à mesma poça de onde os espantou e, agora vazia, tinha mais o ar de uma pequena piscina. à medida da bobina, que entrou pé ante pé, como quem prova a temperatura da água de modo a não congelar os pés de uma vez. a julgar pelo que se passou a seguir, diria que a água estava uma pequena maravilha. a bobina entrou, e nadou. deu uma voltinha na mini.piscina deixando apenas o focinho de fora. e ao longe, a assistência viu o espectáculo de sorriso nos lábios, incrédula com a alegria imensa visível no comportamento da nadadora bobina. longe do olhar reprovador dos nadadores-salvadores.

para gáudeo da assistência, escusado será dizer que depois de sair da piscina, ensopadinha e aparentemente com 5 quilos de pêlo a menos, a bobina veio sacudir-se para o meio de toda a gente, sem olhar a credo, raça, estratuto ou cor. era um público simpático. ninguém pareceu incomodar-se com os salpicos nem com os restos de areia. demos novo espectáculo de seguida no terreno, entrada livre, visto que tive de "obrigar" a bobina a fazer corridas comigo, para o pêlo secar pelo menos um bocadinho com o vento e os generosos raios de sol, que derrotaram a chuva.

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