sábado, maio 22, 2010

vila moleza

este calor fulminante sugou metade da energia de uma bobina, que, até há uns dias, não me lembrava que fosse de outra forma que não a eléctrica. enquanto aguardamos que o sol se deite, escondidas da sauna que se sente lá fora na nossa fresca mansão, os movimentos da bobina têm intercalado assim: vira para um lado, vira para o outro, respira fundo, espreguiça as patinhas da frente, deita de barriga para o ar, coça a pulguinha, sacode-se, e volta ao início, horas a fio.
esta cadela é definitivamente derrotada pelo calor, sem dar luta nem oferecem resistência. e por isso, enquanto as temperaturas não ajudarem, as passeatas no parque ficam reservadas apenas para depois das sete da tarde. até lá, contentamo-nos com o fresco da relva (por cortar!) de nossos jardins, onde curiosamente a bobina já começou a passar parte de suas noites, estendida ao fresco na espreguiçadeira, que outrora petenceu à dona.

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