mando a bobina para a cama dela depois de meia-hora literalmente em cima de mim no sofá. ela vai, a modos que contrariada, mas vai. dá cinco ou seis voltas sobre ela própria até que se deita enrolada num canto da cama. fico satisfeita com a minha decisão, porque assim ela descansa. dorme. ao fim de uns bons dez minutos plenamente convencida de que a bobina está a dormir profundamente, apercebo-me que todo esse tempo ela teve aqueles olhinhos brilhantes completamente abertos, sem pestanejar, apontados na minha direcção. estavam escondidos debaixo da franja. escondidos, mas atentos, alerta, e à espera do primeiro movimento da dona para abandonar o seu posto. assim aconteceu.
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