quarta-feira, abril 25, 2007

mirrors of ourselves...

nem sempre, para não dizer nunca porque nunca se diz nunca, a imagem que temos de nós corresponde àquela que recebem os felizardos que nos rodeiam. nunca esperamos é que os reflexos residam em pólos tão distantes... ainda ontem, alguém que conheço há relativamente pouco tempo, mas com quem simpatizei de imediato (não tendo por isso usado de início a máscara de distância/timidez que uso quando impera a falta de confiança) me interpela sem mais nem ontem com uma pergunta de cariz difícil mas que demonstra já uma análise de qualquer coisa, mas definitivamente feita de modo muito superficial: "mary-john... onde vais tu buscar toda essa tranquilidade?" limito-me a sorrir e a responder "é tudo aparente".

e mais tarde, fico a pensar para mim e continuo o raciocínio... "tu é que me apanhaste numa fase em que muitas vezes nem eu me reconheço, de tanta tranquilidade que sinto. e talvez o transmita... o ano passado por esta altura, esquece... nem interessa. mas o normal é que por dentro viva a trezentos à hora. e já olhaste para as minhas mãos? por acaso, viste unhas? bem me parecia... e continuas a achar isso sinal de tranquilidade? a impaciência, a ansiedade, o nervoso miudinho... tudo coisas a que tenho conseguido passar a perna sem dar por isso. e o melhor de tudo é que estou a gostar. mas daí a dizer que sou uma pessoa tranquila... trabalho para isso diariamente."

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