sábado, novembro 19, 2005

letras....

tenho para mim que a transcrição de letras de músicas para aqui é completamente inútil. chego a tal conclusão, baseada no facto de que normalmente as letras que escolho mostrar aqui já eu as sei de cor, e ninguém mais as lê. eu faço isso nos blogs alheios. leios as primeiras linhas e vou à minha vida. o que me diz uma música a mim, não dirá a mais ninguém que aqui venha. talvez a mais uma ou duas pessoas, digo eu. mais que isso, não me parece. tal como as músicas de que os outros falam não me tocam nem de longe nem de perto da mesma maneira. cada um tem as suas. o importante neste tipo de leituras é perceber que na altura da leitura da letra de uma música, quem para ali a transcreveu, tê-lo-á feito porque quando ouve aquela canção sente por ela o mesmo, ou alguma coisa parecida (claro que as situações são sempre diferentes, os sentimentos é que nem por isso...) com o que sentimos nós quando nos apetece transcreve-la também.

e tudo isto, para no fim de contas dizer que afinal a letra que hoje me deu para dissecar nem tem nada de especial. é uma constatação triste, que infelizmente qualquer um de nós podia ter escrito também, e talvez até já tenha escrito por outras palavras, pelas mesmas até... sendo assim, explico a transcrição de outra maneira. como não sei passar para aqui a música, passei a letra. porque nesta música, é a melodia que me ataca directamente o estômago. continua a ter esse efeito ao fim destes anos todos e a levar-me a uma nostalgia que não sei ou não quero saber explicar desde a primeira vez que a ouvi e agora mais do que nunca. faz-me fixar o olhar no infinito, não penso em nada, não quero pensar em nada, apenas tentar perceber como pode uma música ter um efeito físico assim. lembro-me agora que um dia dei início a uma lista de canções que me provocam efeitos secundários semelhantes... mantive-a durante algum tempo, mas infelizmente não só não lhe a devida continuidade como não faço ideia onde a guardei. sei que esta era uma delas.

no filme elizabethtown, a claire escreve ao drew que há músicas que precisam de ar... na imagem, drew guia um descapotável em dia de sol por uma qualquer estrada americana ao som de don't i hold you dos wheat. completamente de acordo.

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