quarta-feira, agosto 24, 2005

neighborhood #3

olhar novamente para as fotos da noite zig zag e pensar outra vez no impossível. no sonho de poder engarrafar um sentimento e guardá-lo de reserva para alturas de emergência emocional. tomá-lo de uma vez só e poder sentir novamente a paz daquele momento nem que fosse por um minuto e esquecer a revolta e os porquês que nesta altura me tiraram o sossego mental a que me habituei nas últimas semanas. a descontracção de quem não pensa em trabalho pela noite dentro, de quem não se rende ao piloto automático, nem à frieza mecânica. a diversão pela diversão. o ritmo no máximo e a familiaridade sonora do reencontro. cada um sentiu à sua maneira, e voltou a esquecer tempo e local, apesar de estar bem presente em todos nós a importância do regresso a coura, porque havia um episódio a repetir. melhor, a superar. a temporada foi aberta de rompante, em estrondo, sem bater antes de entrar nem a toques de campaínha. demos tudo por tudo, sem vestígios de cansaço no corpo, estava tudo a começar ainda. os vestígios acabariam por ficar entranhados até ao final do festival. houve grandes momentos em palco no entretanto, é verdade. ainda assim continuo na minha... o público não reage da mesma maneira em frente a uma banda e um par de guitarras. divirtam-se. a direito ou em zig zag. a noite foi de arromba para muitos de nós. as fotos relembram isso mesmo.

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