estou dependente do novo álbum dos new order. desde quarta feira que não oiço mais nada, ainda não consegui sequer passar ao disco de remisturas do "krafty" que vem com o "waiting for the sirens' call", se comprado na fnac.
[desde já o meu agradecimento à mãe-john, que desta vez acabou por ceder ao pedido, quebrando por breves instantes a máxima vital "quem não tem dinheiro, não em vícios".] o bom do renascer obrigatório das sonoridades idas, é que actualmente é possível ouvir um disco de uma banda do tempo de nossos irmãos mais velhos, de nossos pais mesmo, com a sensação de que estamos a ouvir um aglomerado de putos de dezanove anos que ainda nem sabem como arranjaram meios para gravar um disco, quanto mais pensar em fazer da música um modo de vida. ouvir hoje o novo single dos new order na rádio deu-me um gozo do caraças. não sei o que dizem as más línguas, mas a mim soa-me a novo, soa-me bem. não me parece de todo que seja caso para dizer, como costuma ser nestes regressos emblemáticos, que deviam ter ficado quietos lá atrás. continuam a fazer canções com a mesma leveza, a mesma harmonia, a mesma consistência, a mesma cafeína, os mesmos aditivos que me fazem empancar aqui e não conseguir seguir em frente. sinto-me bem ao pensar que daqui a dez anos vou voltar a pegar no disco e reconhecê-lo de uma ponta à outra. não falta muito. porque apesar do tempo real, o disco ouve-se do princípio ao fim em dez minutos mentais. ninguém diria que passou mais uma hora. o que é bom acaba depressa....
orelhas de burro:
new order - waiting for the sirens' call - 2005
Sem comentários:
Enviar um comentário