quinta-feira, abril 07, 2005

be cool....

percebi ao telefone que nao estavas bem, mas julguei que fosse impressão minha. a mesma impressão com que fico quando me despachas em três tempos e me dizes adeus. "até logo" soa melhor, já to disse, mas agora insistes no "adeus" porque sabes que me irrita. estava a ouvir-te falar ainda há pouco sobre tudo o que passaste hoje e dei por mim a reviver uma série de coisas, tu sabes quais, que me deixaram assim completamente à toa, como estavas hoje. não te consegui dizer grande coisa porque na altura lembro-me que ninguém me podia dizer nada. senti que ninguém estava perto de compreender o quanto aquelas palavras me tinham magoado. não pelas palavras em si, mas pelo alcance que tudo aquilo teria de futuro, porque para trás ficara uma total entrega e várias certezas absolutas que de um momento para o outro foram postas em causa... foram abaladas e o chão tremeu, deixei de ver e ouvir por uns segundos que pareceram horas. afinal eu nao era quem eu pensava que era. para eles, só para eles. porque de resto, com o tempo, consegui voltar a convencer-me de que o problema não era eu, nem meu, nem do meu mau feitio, nem da minha "insolência", nem da minha "má vontade". o problema é que as coisas não mudam e quem as quer mudar será sempre "conflituoso" e "problemático", mas o engraçado é que nada avança sem "conflitos" esporádicos. e talvez por isso esteja tudo na mesma há anos, e assim vá continuar por tantos outros. porque aqueles que põem em causa o estabelecido acabam sempre à borda do prato, quer seja por decisão própria, quer seja por decisão de quem se julga de direito. estou farta de incompetência, estou farta de ratificar a hipótese de que para se ser sr director do que quer que seja há que primeiro demonstrar que se é, das duas uma, ou parvo/banana ou arrogante/incompetente/amigo do chefe da porta ao lado. não vale a pena dizer-te mais nada, sabes melhor que eu, bastante melhor indeed, que tens é de te concentrar na tal objectividade que tantas vezes dizes que me falta, e deixar de lado as emoções. aquelas que dizes que me atrapalham porque me dominam por completo, e com razão. dominaram e continuam a dominar. mas o tempo faz mesmo milagres. e fez-me constatar por mim que afinal quando me diziam que cair fazia bem para criar/reforçar defesas era mesmo verdade. beijos. be cool. desprezo neles.


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