a bobina nunca foi cadela de dar a pata. sabe bem o que
esperamos dela quando lhe pedimos uma patinha, só porque não temos mais nada de
interessante para fazer ou com que a chatear, mas pensará baixinho para ela que
as patinhas são dela, e que só nós já temos as nossas mãozinhas, não precisamos
das patinhas dela para nada. e vai daí presenteia-nos com lambidelas
várias. a bobina só dá a pata, e às vezes até as duas, uma de cada vez,
quando quer muito alguma coisa que não está a conseguir do modo convencional -
lambidelas e saltos em direção à nossa cara. aí sim, é ver como ela entende
tudo sem deixar espaço para dúvidas, e venham de lá essas patas!
por ter constatado isto ao fim de uns tempos, deixei de
pedir a pata à bobina. beijinhos ela dá com fartura, por isso achei que podia
deixar cair a gracinha da pata. o único momento do dia em que o faço é quando
chego a casa. agora até mais para ver a repetição da cena, do que outra coisa.
no meio das festas do reecontro dona-bobina, como quem não quer a coisa, vai de
pedir a pata à bobina para testar a reação: se me ignora, se me dá uma
lambidela, ou se me dá realmente a pata. nada disso. nesse momento, a
felicidade é tanta que ao pedir-lhe a pata, a bobina salta para cima de mim em
direção à minha cara com toda a força que arranja debaixo daquele lombinho
gordo e pesado. e é então que constato que a alegria é tanta que a pequenita
lança diariamente à dona, não uma, mas quatro patas a alta velocidade.
é bom referir que que estes cumprimentos são trocados quando
estou sentada, à altura da bobina. quem lhe dera, do alto dos seus 20 cm de
altura, conseguir alcançar com o focinho a minha cara assim de uma assentada.
Sem comentários:
Enviar um comentário