terça-feira, novembro 08, 2011

a cadela que não dava a pata


a bobina nunca foi cadela de dar a pata. sabe bem o que esperamos dela quando lhe pedimos uma patinha, só porque não temos mais nada de interessante para fazer ou com que a chatear, mas pensará baixinho para ela que as patinhas são dela, e que só nós já temos as nossas mãozinhas, não precisamos das patinhas dela para nada. e vai daí presenteia-nos com lambidelas várias. a bobina só dá a pata, e às vezes até as duas, uma de cada vez, quando quer muito alguma coisa que não está a conseguir do modo convencional - lambidelas e saltos em direção à nossa cara. aí sim, é ver como ela entende tudo sem deixar espaço para dúvidas, e venham de lá essas patas!

por ter constatado isto ao fim de uns tempos, deixei de pedir a pata à bobina. beijinhos ela dá com fartura, por isso achei que podia deixar cair a gracinha da pata. o único momento do dia em que o faço é quando chego a casa. agora até mais para ver a repetição da cena, do que outra coisa. no meio das festas do reecontro dona-bobina, como quem não quer a coisa, vai de pedir a pata à bobina para testar a reação: se me ignora, se me dá uma lambidela, ou se me dá realmente a pata. nada disso. nesse momento, a felicidade é tanta que ao pedir-lhe a pata, a bobina salta para cima de mim em direção à minha cara com toda a força que arranja debaixo daquele lombinho gordo e pesado. e é então que constato que a alegria é tanta que a pequenita lança diariamente à dona, não uma, mas quatro patas a alta velocidade.

é bom referir que que estes cumprimentos são trocados quando estou sentada, à altura da bobina. quem lhe dera, do alto dos seus 20 cm de altura, conseguir alcançar com o focinho a minha cara assim de uma assentada.

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