há uns meses, os dias em que deixava a bobina no "hotel", eram dias de alívio, descanso, despreocupações, saídas. cinco meses depois (mais coisa menos coisa) de ter dado entrada nesta casa, a bobina tem definitivamente o seu lugar conquistado. deixei-a hoje no "hotel" do costume. vai lá estar apenas por duas noites, e ninguém imagina do sufoco que senti esta semana sempre que pensei no assunto. andei até à última a tentar encontrar uma alternativa, mas sem êxito. não vou poder estar com ela amanhã e depois. e está a custar-me mais do que quando tive de a deixar 3 semanas em setembro.
depois da difícil despedida (a ansiedade do abandono dificulta tudo), o regresso a casa é no mínimo estranho. não tenho ninguém a querer passar a porta por baixo dos meus pés. ninguém a querer subir para o sofá à força toda, nem em correrias desenfradas pela casa e pelo quintal, ninguem a saltar-me para as pernas cada vez que me movimento, nem a lamber-me as mãos cada vez que me baixo para apanhar qualquer coisa. apercebo-me agora que quando a bobina não está, passo novamente a ter apenas uma sombra. sabe a pouco.
e dias de alívio são agora aqueles que passo com esta cadela milagrosa debaixo de olho. estou a um passo de entrar nos 30, e chego à conclusão de que tenho muita pena de só agora ter tido a oportunidade de conviver de perto com a classe canina. nunca fui de dizer que gosto mais dos animais do que das pessoas, mas às vezes é complicado não partilhar dessa opinião.
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