ao fim de nao sei quantos anos consegui finalmente pensar antecipadamente no jeito que pode dar um dia de férias gozado naquele compasso de espera importante que é o dia a seguir ao regresso de viagem e o dia antes do regresso ao trabalho. à rotina... sobretudo quando se acorda a chover, com frio, com cinzento e tudo quanto a quanto o outono tem direito. o choque não foi tão frontal como seria de esperar porque este ano tive a sorte de fazer o estágio para a mudança de estação em barcelona e em londres. os lowcosts já permitem estes pequenos luxos. de barcelona trouxe a alma cheia, recordações impecábeis e muitas e surpreendentes previsões para o futuro, lidas num inesperado místico fim de tarde. resumindo muito, a laura, colombiana, diz que as cartas me reservam dias felizes. contamos com isso.
de londres trouxe mais uma vez a convicção de que cada vez que lá vou gosto mais de lá ir, e uma tentativa mais ou menos bem sucedida de pôr a cabeça no lugar pelo menos por uns meses.... semanas, talvez. por acréscimo, consegui ainda trazer uma super constipação que não estava nada nos planos. sim, fui agasalhada, mas o frio era daqueles que parece que queima a cara, faz arder os olhos e as lágrimas caírem sem querer, e deixa as mãos e os pés em pedra e numa cor que não é natural em nenhum ser vivo. as plantas aqui nao contam. nunca gostei de roxo, aliás. é verdade que nao gosto nada de casacos, mas desta vez até cedi aos argumumentos das baixas temperaturas e andei tipo trambolho. e para quê? ao menos o casaco não era roxo.
e o regresso a casa pode saber tão bem...
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