um dia destes...
não lavo a loiça às oito da noite, simplesmente porque não me apetece. vou à minha vida descansada. até que... são 5h30 da manhã, o despertador acabou de tocar. e como se isso não fosse mau o suficiente, e motivo para chorar com vontade, enquanto espero que a chama do esquentador se aguente à bronca, reparo que dezenas de formigas passeiam alegremente por cima dos pratos da quiche do jantar do dia anterior, dentro do lava-loiça. sou obrigada a lavar a loiça às 5h35 da manhã sem refilar.
noutro dia...
são dez da noite e estou a caminho de casa. vejo a luz da gasolina a dar sinal insistentemente. estou no fim da reserva, passo por duas bombas de gasolina, mas não faço caso porque só consigo pensar que estou quase a chegar a casa. ainda dá. missão cumprida. no dia seguinte... o despertador volta a tocar às 5h30 da manhã. primeiro pensamento (para além de "hoje nao vou", "hoje não vou", "hoje não vou", "tenho de ir"): "estou sem gasolina". sou obrigada a sair de casa ainda antes das habituais seis da manhã para passar na bomba. sem refilar.
e assim vou continuando a deixar para amanhã o que não me apetece fazer hoje.
é muito bom poder viver em pleno de acordo com os meus horários. é só desse pequeno egoísmo que preciso agora. dá para perceber? ainda bem. que faça sentido pelo menos durante uma semana.
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