segunda-feira, janeiro 29, 2007

brainstorming...

por um motivo ou por outro, tenho alterado alguns hábitos nos últimos tempos de modo a libertar-me de muitas outras coisas que vinham agarradas a esses hábitos, e que insistiam, por consequência, em manter-se agarradas a mim. achei que conseguia lidar com tudo sem problemas de maior, e que me bastava apenas pensar que não, para que o não prevalecesse sobre tudo. até sobre a minha vontade. big mistake. know what? evitei a todo o custo escrever o que quer que fosse sobre o que se passou, sobre o que se passa, ou neste caso, que não se passa, ou sobre o que penso que se passará... sim, penso nisso, por mais que me custe admitir, escrever, dizer assim... claro que penso. obriguei-me a pensar todo este tempo que não podia pensar. e afinal de contas, acho que o erro foi mesmo esse. hoje vejo com toda a nitidez todas as etapas que nos trouxeram até este silêncio, que nos faz evitar um olhar que seja. depois de alguns meses de arrumação mental e não só, há certos momentos em que dou por mim a pensar que lá chegará o dia em que não tenhamos de nos contornar, de nos evitar, de nos lembrar de tudo o que fizemos/dissemos que podíamos ter evitado. e sabes porquê? porque já não vamos querer saber. já não interessa. estamos bem assim, e neste ponto falo por mim, claro está, por razões óbvias, mas acredito sinceramente que estarás melhor agora. releio agora o que escrevi nas linhas acima e estou a um passo de apagar tudo isto. mas decido não o fazer. tenho andado a ouvir algumas colectâneas "antigas" que fiz para ouvir no carro há uns tempos. sem aviso prévio, surgem umas a seguir às outras algumas músicas que tanto gosto e que eliminei do meu vocabulário sob pena de as passar a detestar por motivos que nada têm a ver com elas. dei por mim a cantar despreocupadamente uma das que constituem um dos casos mais bicudos desta lista de canções a evitar, e a desfrutá-la como em tempos o fiz. não houve nada que me fizesse passá-la à frente. não houve nada que me provocasse a dor de estômago de outros tempos. nada. pus para trás e voltei a ouvi-la e a cantá-la. a música 8. e se fui capaz de fazer isso, não seria capaz de escrever este post até ao fim e publicá-lo?
eu estou bem. espero que estejas bem. é só.
[não que isso te interesse, presumo...]

Sem comentários: