terça-feira, maio 10, 2005
thinking out loud...
houve uma frase que me marcou especialmente quando li este primeiro volume das chronicles do bob dylan. nada a ver com música... não assentei a página, pensei que a fixava, mas claro que não fixei... há uma parte que el dillon fala de uma namorada/mulher e a dada altura diz que uma das coisas que mais gostava nela era a capacidade que a rapariga tinha para ser/estar feliz independentemente dos outros. preciso de desenvolver em mim essa capacidade e o quanto antes. estou farta de deixar que os meus estados de espírito se auto-regulem em função dos outros e daquilo que sentem por mim, dizem de mim, esperam de mim... sentem por mim. no fundo, penso que tudo passa por uma filtragem de emoções que continuo a não saber fazer, mas que esta queda natural que tenho para o abismo emcional me está aos poucos a fazer abrir os olhos antes de chegar ao ponto a que me deixei voltar a chegar. não sei porque é que ainda faço pactos comigo mesma, se depois basta um gesto, um olhar para que me esqueça de tudo aquilo a que me devia agarrar mentalmente, e pense apenas em tudo o que devia fazer por esquecer. e continuo sem perceber por que é que as recaídas são sempre (mas sempre) piores do que as quedas iniciais... não consigo ser como a namorada do dylan, não me basto para me sentir bem, e por mais satisfeita que ande comigo mesma, só me sinto feliz se o partilhar. e a partilha implica os outros. implicava-te a ti. implicava... não é irónica a palavra? mas aqui o que interessa é o tempo do verbo. e não me importo se dou parte fraca, se assumo que por ser psicossomática adoeço sempre com febres súbitas mas passageiras por coisas tao parvas como esta. assumo tudo isto, é assim que me sinto, e é a escrever que consigo fazer a tal filtragem das emoções. não sei porque não o fiz antes...
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