enquanto punha o disco dos doors a tocar no computador pensava de mim para mim que tavez não tivesse escolhido uma coisa muito animada. e enquanto ponderava a hipótese de trocar de banda sonora para as páginas de texto que tenho de ter prontas até às 16h, mas que não há meio de avançarem sozinhas, esqueci a ideia de que talvez não tivesse sido uma escolha musical muito acertada. ouvi o touch me e o resto desapareceu. não consigo ouvir os doors sem me lembrar da sofia e da susana, apesar de não saber nada delas há uns bons anos. inseparáveis as três. eu e as duas amigas mais velhas, irmãs góticas, que no oitavo ano me ensinaram que o jim morrison era deus e o nick cave uma espécie de papa. os doors sempre me impressionaram mais do que o nick cave, mas ainda hoje quando o oiço não consigo deixar de voltar ao tempo daquelas cassetes manhosas que me gravavam cheias de músicas que me soavam tão estranhas na altura, como hoje me soam a familiar. nunca me cheguei a vestir de preto nem a praticar o culto do pálido, mas acho que durante dois anos vivi de doc martens nos pés, na plena convicção de que o jim morrison era deus.
orelhas de burro:
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